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CATÁLOGO
Filosofia
Contra o identitarismo neoliberal: um ensaio de poíesis crítica pela apologia das artes

Contra o identitarismo neoliberal: um ensaio de poíesis crítica pela apologia das artes

Autor:
Rubens Russomanno Ricciardi
Ano:
2023
Tradutor:
Prefácio:
Tradutor:
Prefácio:
1ª Edição
Encadernação:
Brochura
ISBN:
9786553961524
páginas:
260
Dimensões:
12
cm
×
19
cm
×
1.5
cm
Peso:
250
g

RESUMO

A Editora Contracorrente tem a satisfação de anunciar a publicação do livro Contra o identitarismo neoliberal: um ensaio de poíesis crítica pela apologia das artes. A obra é um ensaio de poíesis crítica pela apologia das artes. Trata-se, na filosofia das artes, de uma nova epistemologia voltada às questões da linguagem e da ideologia – ao mesmo tempo hermenêutica e dialética, existencial e crítica. Se, em Marx e Engels, há uma práxis crítica e, na Escola de Frankfurt, uma theoría crítica, com a poíesis crítica pretende-se preencher a lacuna do esquecimento da poíesis e solucionar a confusão entre práxis e poíesis. Definindo a elaboração da obra de linguagem enquanto processo crítico-inventivo, a poíesis não é teórica nem prática. Para a poíesis crítica importa o lógos poético, prosseguindo não apenas os trabalhos iniciados por Heidegger, mas também desde Heráclito e Aristóteles. Com a poíesis crítica se evidencia o abismo que há hoje entre as artes e a indústria da cultura. Os estudos abrangem também as diferenças entre linguagem e comunicação; entre obra de arte e kitsch.Entre outras questões contemporâneas, propõe-se uma discussão acerca do eurocentrismo e da decolonialidade – ambas ideologias neoliberais da cultura que têm gerado uma aversão às artes e em especial à música. O que deveria ser compreendido por conta dos desdobramentos históricos de milênios – desde os tempos dos odeões e teatros greco-romanos – foi agora estigmatizado com o rótulo antipático da tal música clássica erudita europeia, deturpando a essência da arte do som no tempo. Entretanto, o clássico não se opõe ao popular, mas sim à condição experimental ou ainda não consagrada das artes – e estas não são prerrogativas europeias – bem como a mera erudição não é suficiente para a constituição da poíesis.Tanto o culturalismo quanto a sua configuração mais sectária, o identitarismo, ambos hostis às artes, são definidos aqui por conta das suas implicações neoliberais. Com a censura identitária redutiva ao domínio cultural europeu, ignora-se a influência maior dos EUA – não obstante a invasão, em toda parte, da sua indústria da cultura. Se por um lado, os identitários neoliberais são agressivamente antagônicos às artes milenares, por outro, na sua idolatria pseudointelectual, só recortam da realidade os clichês da indústria da cultura ianque-estadunidense. Até mesmo as nossas periferias, invadidas culturalmente e assim reduzidas a pseudoperiferias, espelham as vozes dos grandes centros do capital.O autor questiona ainda os preconceitos suscitados pela moral identitária, quando se esquece não só a poíesis, mas também a acumulação do capital e a luta de classes. Importa reconhecer o neoliberalismo e o seu fetiche, a indústria da cultura, enquanto estruturas ideológicas que determinam a consciência da sociedade. Indústria da cultura e identitarismo são o ópio do povo estendido, pois estabelecem a alienação e a coisificação onde a religião não conseguiu se entranhar. A religião (o braço direito), a indústria da cultura (o seu fetiche) e o identitarismo (o braço esquerdo) formam a Santíssima Trindade do neoliberalismo, sob as bênçãos do capital financeiro.Por fim, estética, cultura, comunicação e identidade são conceitos compreendidos pela poíesis crítica enquanto neologismos tardios e extrínsecos à natureza da arte. Desse modo, no contexto das artes, amplia-se o rol dos monstros engendrados pelo sonho da razão iluminista.

sobre

A EDITORA CONTRACORRENTE tem a satisfação de anunciar a publicação do livro CONTRA O IDENTITARISMO NEOLIBERAL: um ensaio de poíesis crítica pela apologia das artes. 

A obra é um ensaio de poíesis crítica pela apologia das artes. Trata-se, na filosofia das artes, de uma nova epistemologia voltada às questões da linguagem e da ideologia – ao mesmo tempo hermenêutica e dialética, existencial e crítica. Se, em Marx e Engels, há uma práxis crítica e, na Escola de Frankfurt, uma theoría crítica, com a poíesis crítica pretende-se preencher a lacuna do esquecimento da poíesis e solucionar a confusão entre práxis e poíesis. Definindo a elaboração da obra de linguagem enquanto processo crítico-inventivo, a poíesis não é teórica nem prática. Para a poíesis crítica importa o lógos poético, prosseguindo não apenas os trabalhos iniciados por Heidegger, mas também desde Heráclito e Aristóteles. Com a poíesis crítica se evidencia o abismo que há hoje entre as artes e a indústria da cultura. Os estudos abrangem também as diferenças entre linguagem e comunicação; entre obra de arte e kitsch.

Entre outras questões contemporâneas, propõe-se uma discussão acerca do eurocentrismo e da decolonialidade – ambas ideologias neoliberais da cultura que têm gerado uma aversão às artes e em especial à música. O que deveria ser compreendido por conta dos desdobramentos históricos de milênios – desde os tempos dos odeões e teatros greco-romanos – foi agora estigmatizado com o rótulo antipático da tal música clássica erudita europeia, deturpando a essência da arte do som no tempo. Entretanto, o clássico não se opõe ao popular, mas sim à condição experimental ou ainda não consagrada das artes – e estas não são prerrogativas europeias – bem como a mera erudição não é suficiente para a constituição da poíesis.

Tanto o culturalismo quanto a sua configuração mais sectária, o identitarismo, ambos hostis às artes, são definidos aqui por conta das suas implicações neoliberais. Com a censura identitária redutiva ao domínio cultural europeu, ignora-se a influência maior dos EUA – não obstante a invasão, em toda parte, da sua indústria da cultura. Se por um lado, os identitários neoliberais são agressivamente antagônicos às artes milenares, por outro, na sua idolatria pseudointelectual, só recortam da realidade os clichês da indústria da cultura ianque-estadunidense. Até mesmo as nossas periferias, invadidas culturalmente e assim reduzidas a pseudoperiferias, espelham as vozes dos grandes centros do capital.

O autor questiona ainda os preconceitos suscitados pela moral identitária, quando se esquece não só a poíesis, mas também a acumulação do capital e a luta de classes. Importa reconhecer o neoliberalismo e o seu fetiche, a indústria da cultura, enquanto estruturas ideológicas que determinam a consciência da sociedade. Indústria da cultura e identitarismo são o ópio do povo estendido, pois estabelecem a alienação e a coisificação onde a religião não conseguiu se entranhar. A religião (o braço direito), a indústria da cultura (o seu fetiche) e o identitarismo (o braço esquerdo) formam a Santíssima Trindade do neoliberalismo, sob as bênçãos do capital financeiro.

Por fim, estética, cultura, comunicação e identidade são conceitos compreendidos pela poíesis crítica enquanto neologismos tardios e extrínsecos à natureza da arte. Desse modo, no contexto das artes, amplia-se o rol dos monstros engendrados pelo sonho da razão iluminista.

Índice

PREFÁCIO

PREFÁCIO DO AUTOR

AGRADECIMENTOS

I NOTAS INTRODUTÓRIAS
II PÓS-MODERNIDADE, DECOLONIALIDADE E EUROCENTRISMO
III SIGNIFICADOS FORTE E FRACO DE IDEOLOGIA
IV QUESTÕES DAS TAIS CIÊNCIAS HUMANAS
V UM ENSAIO DE ESQUERDA
VI LASTROS EPISTEMOLÓGICOS NAS IDADES ANTIGAS
VII POÍESIS
VIII PRÁXIS
IX POÍESIS DA PHÝSIS
X THEORÍA
XI FILOSOFIA, POÍESIS E TRANSFORMAÇÃO DO MUNDO
XII CRÍTICA AO PAR METAFÍSICO TEORIA E PRÁTICA COM O ESQUECIMENTO DA POÍESIS
XIII DO INTEGRADO AO IDENTITÁRIO
XIV INDÚSTRIA DA CULTURA NOS TEMPOS NEOLIBERAIS

XV NEOLIBERALISMO

XVIPRINCÍPIOS DA ESQUERDA TRAÍDOS

XVIIFONTES PARA A QUESTÃO DA IDEOLOGIA EM MARX E ENGELS

XVIIIFALSA CARACTERIZAÇÃO DE IDEOLOGIAS NO NEOLIBERALISMO IDENTITÁRIO

XIXNATUREZA (CORPO E ALMA) SEXUAL

XXDECOLONIALIDADE E EUROCENTRISMO ENQUANTO IDEOLOGIAS NEOLIBERAIS

XXIMONUMENTO ÀS BANDEIRAS DE VICTOR BRECHERET

XXIIHOSTILIDADE ÀS ARTES

XXIIICRÍTICA À INCLUSÃO NEOLIBERAL

XXVCAPES: ENSINO PRETERIDO, PESQUISA POSITIVISTA E EXTENSÃO ALIENADA

XXVIINCONGRUÊNCIAS DAS REGRAS IDENTITÁRIAS

XXVIIURGÊNCIA DE ESCOLAS DE MÚSICA EM TODO O BRASIL

XXVIIIQUESTÕES DO GOSTO E DO KITSCH

XXIXTRANSCENDÊNCIA ROMANA NA POÍESIS CRÍTICA

XXXHERDER E LERENO: ROMANTISMO E CANÇÃO POPULAR – SEM IDENTITARISMO NEMNACIONALISMO

XXXIFILOSOFIA, ARTE E MITOLOGIA: TRÊS IRMÃS PRIMORDIAIS

XXXIICIÊNCIAS DA INDÚSTRIA DA CULTURA

XXXIIIHEINE, MARX E O ÓPIO ESPIRITUAL DA HUMANIDADE SOFREDORA

XXXIVPOSITIVISMO, CULTURALISMO E O SEU PRECONCEITO CONTRA OS ARTISTAS

XXXVRELIGIÃO E MILITÂNCIA (NEO)PENTECOSTAL

XXXVIRELIGIÃO, IDENTITARISMO E INDÚSTRIA DA CULTURA A SERVIÇO DO

NEOLIBERALISMO

XXXVIICULTURALISMO E IDENTITARISMO

XXXVIIIIDENTIDADE

XXXIXAPROPRIAÇÕES CULTURAIS

XLLINGUAGEM

XLIESQUECIMENTO DA POÍESIS EM MARX E ENGELS

XLIILINGUAGEM ARTÍSTICA ENQUANTO HARMONIA INAPARENTE

XLIIIABISMO ENTRE COMUNICAÇÕES E ARTES: DAS FAKE NEWS DE LUTERO ÀS MÍDIASNEOLIBERAIS

XLIVESTÉTICA: ESQUECIMENTO DA POÍESIS E PRECARIZAÇÃO DA AÍSTHESIS

XLVANCESTRALIDADES NEGRAS E INDÍGENAS: AS ARTES BRASILEIRAS INVISIBILIZADAS

XLVIDECOLONIALIDADE: INCONSISTÊNCIAS E FRIVOLIDADES

XLVIIELITE: DETURPAÇÃO CULTURALISTA

XLVIIICULTURA: DA RAZÃO ILUMINISTA AO ANTAGONISMO NEOLIBERAL CONTRÁRIO ÀS ARTES

XLIXSIGNIFICADOS FRACO E FORTE DE CULTURA

LPARADOXO DA ALIENAÇÃO

LIRITUAIS: DIFERENÇAS ENTRE POÍESIS/PRÁXIS ARTÍSTICAS E CULTURA NOS TEMPOS DA NEWLEFT

LIIBACH

LIIIBEETHOVEN

LIVAPORIA ENTRE CONSERVADOR E PROGRESSISTA

LVSOLFAS E INSTITUIÇÕES MUSICAIS

LVIEXTRAEUROPEU ENQUANTO EXÓTICO INFERIOR – A BABAQUICE EUROCÊNTRICA DE FATO

LVIIINVASÃO CULTURAL

LVIIICONCEITOS DETURPADOS: CLÁSSICO, ERUDITO E EUROPEU

LIXUNIVERSAL E PARTICULAR

LXINTEGRIDADE ONTOLÓGICO-POÉTICO-CRÍTICA

LXIINDÚSTRIA DA CULTURA NÃO É ARTE NEM ARTE POPULAR

LXIICODETTA COM SEIS INCOERÊNCIAS IDENTITÁRIAS NEOLIBERAIS

REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS

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Contra o identitarismo neoliberal: um ensaio de poíesis crítica pela apologia das artes

Autor:
Rubens Russomanno Ricciardi
Prefácio:
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Tradutor:
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Tradutor:
Tradutor:
Ano:
2023
1ª Edição
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Brochura
ISBN:
9786553961524
Dimensões:
12
cm
×
19
cm
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cm
Páginas:
260
Peso:
250
g

RESUMO

A Editora Contracorrente tem a satisfação de anunciar a publicação do livro Contra o identitarismo neoliberal: um ensaio de poíesis crítica pela apologia das artes. A obra é um ensaio de poíesis crítica pela apologia das artes. Trata-se, na filosofia das artes, de uma nova epistemologia voltada às questões da linguagem e da ideologia – ao mesmo tempo hermenêutica e dialética, existencial e crítica. Se, em Marx e Engels, há uma práxis crítica e, na Escola de Frankfurt, uma theoría crítica, com a poíesis crítica pretende-se preencher a lacuna do esquecimento da poíesis e solucionar a confusão entre práxis e poíesis. Definindo a elaboração da obra de linguagem enquanto processo crítico-inventivo, a poíesis não é teórica nem prática. Para a poíesis crítica importa o lógos poético, prosseguindo não apenas os trabalhos iniciados por Heidegger, mas também desde Heráclito e Aristóteles. Com a poíesis crítica se evidencia o abismo que há hoje entre as artes e a indústria da cultura. Os estudos abrangem também as diferenças entre linguagem e comunicação; entre obra de arte e kitsch.Entre outras questões contemporâneas, propõe-se uma discussão acerca do eurocentrismo e da decolonialidade – ambas ideologias neoliberais da cultura que têm gerado uma aversão às artes e em especial à música. O que deveria ser compreendido por conta dos desdobramentos históricos de milênios – desde os tempos dos odeões e teatros greco-romanos – foi agora estigmatizado com o rótulo antipático da tal música clássica erudita europeia, deturpando a essência da arte do som no tempo. Entretanto, o clássico não se opõe ao popular, mas sim à condição experimental ou ainda não consagrada das artes – e estas não são prerrogativas europeias – bem como a mera erudição não é suficiente para a constituição da poíesis.Tanto o culturalismo quanto a sua configuração mais sectária, o identitarismo, ambos hostis às artes, são definidos aqui por conta das suas implicações neoliberais. Com a censura identitária redutiva ao domínio cultural europeu, ignora-se a influência maior dos EUA – não obstante a invasão, em toda parte, da sua indústria da cultura. Se por um lado, os identitários neoliberais são agressivamente antagônicos às artes milenares, por outro, na sua idolatria pseudointelectual, só recortam da realidade os clichês da indústria da cultura ianque-estadunidense. Até mesmo as nossas periferias, invadidas culturalmente e assim reduzidas a pseudoperiferias, espelham as vozes dos grandes centros do capital.O autor questiona ainda os preconceitos suscitados pela moral identitária, quando se esquece não só a poíesis, mas também a acumulação do capital e a luta de classes. Importa reconhecer o neoliberalismo e o seu fetiche, a indústria da cultura, enquanto estruturas ideológicas que determinam a consciência da sociedade. Indústria da cultura e identitarismo são o ópio do povo estendido, pois estabelecem a alienação e a coisificação onde a religião não conseguiu se entranhar. A religião (o braço direito), a indústria da cultura (o seu fetiche) e o identitarismo (o braço esquerdo) formam a Santíssima Trindade do neoliberalismo, sob as bênçãos do capital financeiro.Por fim, estética, cultura, comunicação e identidade são conceitos compreendidos pela poíesis crítica enquanto neologismos tardios e extrínsecos à natureza da arte. Desse modo, no contexto das artes, amplia-se o rol dos monstros engendrados pelo sonho da razão iluminista.

sobre

A EDITORA CONTRACORRENTE tem a satisfação de anunciar a publicação do livro CONTRA O IDENTITARISMO NEOLIBERAL: um ensaio de poíesis crítica pela apologia das artes. 

A obra é um ensaio de poíesis crítica pela apologia das artes. Trata-se, na filosofia das artes, de uma nova epistemologia voltada às questões da linguagem e da ideologia – ao mesmo tempo hermenêutica e dialética, existencial e crítica. Se, em Marx e Engels, há uma práxis crítica e, na Escola de Frankfurt, uma theoría crítica, com a poíesis crítica pretende-se preencher a lacuna do esquecimento da poíesis e solucionar a confusão entre práxis e poíesis. Definindo a elaboração da obra de linguagem enquanto processo crítico-inventivo, a poíesis não é teórica nem prática. Para a poíesis crítica importa o lógos poético, prosseguindo não apenas os trabalhos iniciados por Heidegger, mas também desde Heráclito e Aristóteles. Com a poíesis crítica se evidencia o abismo que há hoje entre as artes e a indústria da cultura. Os estudos abrangem também as diferenças entre linguagem e comunicação; entre obra de arte e kitsch.

Entre outras questões contemporâneas, propõe-se uma discussão acerca do eurocentrismo e da decolonialidade – ambas ideologias neoliberais da cultura que têm gerado uma aversão às artes e em especial à música. O que deveria ser compreendido por conta dos desdobramentos históricos de milênios – desde os tempos dos odeões e teatros greco-romanos – foi agora estigmatizado com o rótulo antipático da tal música clássica erudita europeia, deturpando a essência da arte do som no tempo. Entretanto, o clássico não se opõe ao popular, mas sim à condição experimental ou ainda não consagrada das artes – e estas não são prerrogativas europeias – bem como a mera erudição não é suficiente para a constituição da poíesis.

Tanto o culturalismo quanto a sua configuração mais sectária, o identitarismo, ambos hostis às artes, são definidos aqui por conta das suas implicações neoliberais. Com a censura identitária redutiva ao domínio cultural europeu, ignora-se a influência maior dos EUA – não obstante a invasão, em toda parte, da sua indústria da cultura. Se por um lado, os identitários neoliberais são agressivamente antagônicos às artes milenares, por outro, na sua idolatria pseudointelectual, só recortam da realidade os clichês da indústria da cultura ianque-estadunidense. Até mesmo as nossas periferias, invadidas culturalmente e assim reduzidas a pseudoperiferias, espelham as vozes dos grandes centros do capital.

O autor questiona ainda os preconceitos suscitados pela moral identitária, quando se esquece não só a poíesis, mas também a acumulação do capital e a luta de classes. Importa reconhecer o neoliberalismo e o seu fetiche, a indústria da cultura, enquanto estruturas ideológicas que determinam a consciência da sociedade. Indústria da cultura e identitarismo são o ópio do povo estendido, pois estabelecem a alienação e a coisificação onde a religião não conseguiu se entranhar. A religião (o braço direito), a indústria da cultura (o seu fetiche) e o identitarismo (o braço esquerdo) formam a Santíssima Trindade do neoliberalismo, sob as bênçãos do capital financeiro.

Por fim, estética, cultura, comunicação e identidade são conceitos compreendidos pela poíesis crítica enquanto neologismos tardios e extrínsecos à natureza da arte. Desse modo, no contexto das artes, amplia-se o rol dos monstros engendrados pelo sonho da razão iluminista.

Índice

PREFÁCIO

PREFÁCIO DO AUTOR

AGRADECIMENTOS

I NOTAS INTRODUTÓRIAS
II PÓS-MODERNIDADE, DECOLONIALIDADE E EUROCENTRISMO
III SIGNIFICADOS FORTE E FRACO DE IDEOLOGIA
IV QUESTÕES DAS TAIS CIÊNCIAS HUMANAS
V UM ENSAIO DE ESQUERDA
VI LASTROS EPISTEMOLÓGICOS NAS IDADES ANTIGAS
VII POÍESIS
VIII PRÁXIS
IX POÍESIS DA PHÝSIS
X THEORÍA
XI FILOSOFIA, POÍESIS E TRANSFORMAÇÃO DO MUNDO
XII CRÍTICA AO PAR METAFÍSICO TEORIA E PRÁTICA COM O ESQUECIMENTO DA POÍESIS
XIII DO INTEGRADO AO IDENTITÁRIO
XIV INDÚSTRIA DA CULTURA NOS TEMPOS NEOLIBERAIS

XV NEOLIBERALISMO

XVIPRINCÍPIOS DA ESQUERDA TRAÍDOS

XVIIFONTES PARA A QUESTÃO DA IDEOLOGIA EM MARX E ENGELS

XVIIIFALSA CARACTERIZAÇÃO DE IDEOLOGIAS NO NEOLIBERALISMO IDENTITÁRIO

XIXNATUREZA (CORPO E ALMA) SEXUAL

XXDECOLONIALIDADE E EUROCENTRISMO ENQUANTO IDEOLOGIAS NEOLIBERAIS

XXIMONUMENTO ÀS BANDEIRAS DE VICTOR BRECHERET

XXIIHOSTILIDADE ÀS ARTES

XXIIICRÍTICA À INCLUSÃO NEOLIBERAL

XXVCAPES: ENSINO PRETERIDO, PESQUISA POSITIVISTA E EXTENSÃO ALIENADA

XXVIINCONGRUÊNCIAS DAS REGRAS IDENTITÁRIAS

XXVIIURGÊNCIA DE ESCOLAS DE MÚSICA EM TODO O BRASIL

XXVIIIQUESTÕES DO GOSTO E DO KITSCH

XXIXTRANSCENDÊNCIA ROMANA NA POÍESIS CRÍTICA

XXXHERDER E LERENO: ROMANTISMO E CANÇÃO POPULAR – SEM IDENTITARISMO NEMNACIONALISMO

XXXIFILOSOFIA, ARTE E MITOLOGIA: TRÊS IRMÃS PRIMORDIAIS

XXXIICIÊNCIAS DA INDÚSTRIA DA CULTURA

XXXIIIHEINE, MARX E O ÓPIO ESPIRITUAL DA HUMANIDADE SOFREDORA

XXXIVPOSITIVISMO, CULTURALISMO E O SEU PRECONCEITO CONTRA OS ARTISTAS

XXXVRELIGIÃO E MILITÂNCIA (NEO)PENTECOSTAL

XXXVIRELIGIÃO, IDENTITARISMO E INDÚSTRIA DA CULTURA A SERVIÇO DO

NEOLIBERALISMO

XXXVIICULTURALISMO E IDENTITARISMO

XXXVIIIIDENTIDADE

XXXIXAPROPRIAÇÕES CULTURAIS

XLLINGUAGEM

XLIESQUECIMENTO DA POÍESIS EM MARX E ENGELS

XLIILINGUAGEM ARTÍSTICA ENQUANTO HARMONIA INAPARENTE

XLIIIABISMO ENTRE COMUNICAÇÕES E ARTES: DAS FAKE NEWS DE LUTERO ÀS MÍDIASNEOLIBERAIS

XLIVESTÉTICA: ESQUECIMENTO DA POÍESIS E PRECARIZAÇÃO DA AÍSTHESIS

XLVANCESTRALIDADES NEGRAS E INDÍGENAS: AS ARTES BRASILEIRAS INVISIBILIZADAS

XLVIDECOLONIALIDADE: INCONSISTÊNCIAS E FRIVOLIDADES

XLVIIELITE: DETURPAÇÃO CULTURALISTA

XLVIIICULTURA: DA RAZÃO ILUMINISTA AO ANTAGONISMO NEOLIBERAL CONTRÁRIO ÀS ARTES

XLIXSIGNIFICADOS FRACO E FORTE DE CULTURA

LPARADOXO DA ALIENAÇÃO

LIRITUAIS: DIFERENÇAS ENTRE POÍESIS/PRÁXIS ARTÍSTICAS E CULTURA NOS TEMPOS DA NEWLEFT

LIIBACH

LIIIBEETHOVEN

LIVAPORIA ENTRE CONSERVADOR E PROGRESSISTA

LVSOLFAS E INSTITUIÇÕES MUSICAIS

LVIEXTRAEUROPEU ENQUANTO EXÓTICO INFERIOR – A BABAQUICE EUROCÊNTRICA DE FATO

LVIIINVASÃO CULTURAL

LVIIICONCEITOS DETURPADOS: CLÁSSICO, ERUDITO E EUROPEU

LIXUNIVERSAL E PARTICULAR

LXINTEGRIDADE ONTOLÓGICO-POÉTICO-CRÍTICA

LXIINDÚSTRIA DA CULTURA NÃO É ARTE NEM ARTE POPULAR

LXIICODETTA COM SEIS INCOERÊNCIAS IDENTITÁRIAS NEOLIBERAIS

REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS

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