Ganhadora do Prêmio Jabuti de 2010, a psicanalista e jornalista brasileira é reconhecida por seu ativismo em direitos humanos, tendo participado da Comissão Nacional da Verdade em 2012.
Maria Rita Kehl, nascida em Campinas em 1951, é uma destacada psicanalista, jornalista e escritora brasileira. Formada em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), ela iniciou sua carreira no jornalismo alternativo durante o regime militar, atuando como editora do noticioso Movimento e colaborando com outros importantes veículos de comunicação.
Em 2012, Maria Rita foi convidada a integrar a Comissão Nacional da Verdade, ajudando a investigar violações aos direitos humanos ocorridas no Brasil entre 1946 e 1988. Sua coluna quinzenal no Caderno 2 do diário O Estado de S. Paulo também foi palco de importantes discussões sobre política e sociedade, reafirmando seu papel como uma voz crítica e ativa na mídia brasileira. A demissão da colunista pelo jornal em 2010 após um artigo polêmico sublinha a natureza muitas vezes controversa de seu trabalho, evidenciando sua firmeza em defender direitos sociais e políticos em suas análises e escritos.
Kehl é autora de nove livros, sendo reconhecida especialmente por seu trabalho "O Tempo e o Cão - A Atualidade das Depressões", que lhe rendeu o Prêmio Jabuti em 2010 na categoria "Educação, Psicologia e Psicanálise". Na Contracorrente, colaborou com o livro "LUIZ INÁCIO LUTA DA SILVA: NÓS VIMOS UMA PRISÃO IMPOSSÍVEL" de Esther Solano, Camilo Vannuchi e Aldo Zaiden. Além de suas contribuições literárias, ela também recebeu o Prêmio Direitos Humanos do governo federal, destacando-se por seu engajamento em questões de mídia e direitos humanos.