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Os livros de história que historiadores e historiadoras mais gostaram de ler em 2024

Dos clássicos aos lançamentos, os livros recomendados destacam a força das pesquisas históricas, cobrindo temas como fascismo, Revolução Francesa, Luiz Gama e autobiografias.

O que os historiadores e historiadoras mais gostaram de ler em 2024?

Para responder a essa pergunta, o Café História ouviu 10 especialistas de diferentes regiões do Brasil, que compartilharam os livros de história que mais os marcaram ao longo do ano. As escolhas refletem a diversidade do campo historiográfico, tanto em termos de trajetórias acadêmicas quanto de áreas de atuação, abrangendo perspectivas e temas que ajudam a iluminar o passado e a compreender os desafios do presente.

Os livros indicados não se destacam apenas por sua relevância acadêmica, mas também por sua capacidade de dialogar com questões contemporâneas. A lista fala de livros lidos em 2024, e não de livros publicados em 2024. De obras consagradas a lançamentos, os títulos sugeridos demonstram o vigor das pesquisas históricas e a amplitude de interesses dos profissionais da área. Há livros sobre fascismo, Revolução Francesa, Luiz Gama, autobiografias e muito mais!

Confira o que os nossos convidados e convidadas recomendam.

Rafael Nascimento Gomes – Doutor em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade de Brasília. Professor de História no Ensino Básico do Distrito Federal. Foi bolsista CAPES. Realizou intercâmbio na Universidad de la República (UdelaR), em Montevidéu (2012). Pesquisa sobre a História da América Latina, História do Brasil, História das Relações Internacionais do Brasil e História do Rio da Prata, com ênfase nas relações entre Brasil, Uruguai e Argentina.

Gomes é autor de um artigo do Café História, chamado “O Plano Cohen: ficção e realidade na antessala do Estado Novo”, que pode ser lido aqui. O texto fala sobre a falsificação atribuída ao capitão do exército que contribuiu para o golpe que inaugurou a ditadura do Estado Novo.

“As reais motivações da criação desse embuste foram conhecidas somente anos depois. Em meados de 1945, durante a crise política do governo Vargas, o general Góes Monteiro revelou que o Plano Cohen era uma fraude. O documento, segundo informou Monteiro, fora escrito pelo capitão Olimpo Mourão Filho. Mourão era uma figura importante do movimento integralista e redigiu o material como uma simulação de golpe de estado comunista para um exercício defensivo dos integralistas.”

A obra, que nasce clássica, corresponde à versão revista e atualizada da tese de doutorado que o autor defendeu na Faculdade de Direito da Johann Wolfgang Goethe-Universität Frankfurt am Main e que lhe rendeu o prêmio Walter Kolb de melhor tese de doutorado da Universidade de Frankfurt e a medalha Otto Hahn de destaque científico da Sociedade Max Planck. Combinando lições metodológicas de micro história e biografia para examinar a literatura normativo-pragmática e a prática jurídica de Gama nos juízos locais, a obra pode ser lida tanto como biografia jurídica, quanto como uma história do direito do século XIX a partir da vida e obra de um jurista.

Livro aqui.

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